Resumo: Esta dissertação apresenta a etnobiografia de um fotopintor cearense contemporâneo, Mestre Júlio Santos. Ao acompanhar o cotidiano de Mestre Júlio, considerado grande artista da cidade de Fortaleza, foi possível conhecer sua vida e o trabalho que, diante de todas as dificuldades, tenta manter vivo, em pleno século XXI. A problemática insere-se, portanto, no quadro mais amplo das profundas transformações que marcaram o século XX, tanto no que concerne ao mundo do trabalho, quanto ao das imagens, tomando-se como ponto de fuga, este personagem – seu trabalho, a recepção e o consumo de suas obras. Entende-se o processo de abandono deste ofício ou sua transformação, enquanto uma ruptura espaço-temporal no mundo do trabalho, que implica em (re)configuração das práticas e representações sociais. Sendo assim, essa pesquisa vem propor, ainda, o estudo do caráter temporal da experiência humana e de suas repercussões nas práticas e saberes que Mestre Júlio tece em sua relação com o seu trabalho, assim como a sua reconfiguração diante do surgimento da fotografia digital e dos meios de manipulação da imagem, a fim de se restabelecer na continuidade da dinâmica social.
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Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia do Instituto de Ciências Humanas da Universidade Federal de Pelotas, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Antropologia com área de concentração em Antropologia Social e Cultural. Por: Vinícius Silveira Kusma. Orientadora: Prof.ª Dr.ª Cláudia Turra Magni. Pelotas, 2016.